Sangrenta Solidão
A refugirar-me á tua porta poeta ,
Como um fantasma a procura da poesia ,
Na solidão da natureza agora morta ,
Por trás das sombras deste maldito dia.
O frio não conforta, corta a alma .
Tuas janelas não abrem os olhos ,
Repelem meus gritos que em mim sufoca
Congelando letras até nos ossos .
Não tenho temas, nem amores pra contar,
No pergaminho é minha pele dilacerada ,
Os poemas querem soltar,não da pra suportar.
É um lamento escutar pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos a sangrar
E a energia falida sem magia ,inerte, desolada !
13/12/07