Soluços do Vento
Oh,vento manso, nessa imensidão,
Quem vem atrás de ti e te persegue,
Seria a noite escura ou o clarão?
Tão triste quanto tu - qu’isso não negues...
Nos braços dessa terra, tu és divino,
Tens um pulsar de saudade cruel.
Eu nunca sei quem sou, falta-me o tino
De aventurar-me tal qual teu corcel.
E nessa dor, que é imensa e te tortura,
Padeces solidão nessa clausura?
Talvez do teu amor que nunca vem...
Saudade de ti mesmo ou de ninguém,
Soluços tantos nesse pobre peito.
- És triste como eu e não tem jeito.