Enlevo
Não cederei pra ti meu coração,
Qual lira declamante desse verso.
E nem te nomearei meu universo,
De minha breve existência a razão.
Não implorar-te-ei ao Criador,
Nem o astro roubarei da imensidão
E assim então, fremente de emoção,
Depô-lo aos teus pés com o meu amor.
Não direi deveras que te amo,
Que és tu aquele por quem sofro e clamo,
Que beijarei o chão em que tu pisas.
A tais arroubos meus, prefiro o vão
Pensamento, mudo feito oração,
- O enlevo sonhador da poetisa.