TANTOS, TANTOS

Quando cai à tarde a saudade é tanta,

Tanta, tanta, que invade o peito meu,

P'ra bem longe, essa fuga não me espanta,

Dissoluto foi aquele sonho teu!

Tua ida, tua astúcia, há quem garanta?

Não mais quis lado a lado só "tu é eu",

Auspicioso foi o brado na garganta,

Acredite: uma dádiva de Deus!

Sozinho e sem ninguém ali bolado,

Nessa estrada aos trancos e barrancos,

Senhor! Eis-me aqui, só e amargurado!

Tateando perco o prumo "açoitado",

Desatino no exílio vou bradando,

Alvissareiro, ledo e abençoado!

FCEMOURAO

09/04/23

fcemourao
Enviado por fcemourao em 09/04/2023
Código do texto: T7759856
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.