Metáfora onírica
Por sob a sombra estreita do coqueiro,
Enterrei o meu sonho-adolescente,
Vendo o mar espumar em minha frente,
Numa manhã de sol de fevereiro .
Eu sonhava plantar, no mundo inteiro,
Uma muda de amor e poesia,
E cuidar e regá-la, dia a dia…
Como se o mundo fosse meu canteiro.
Hoje, adulto, o meu sonho continua…
Onde antes foi sol, agora e lua
Numa noite estrelada de janeiro.
Procurei noite adentro a sombra estreita,
Sob uma lua mais do que perfeita,
Mas não havia sombra, nem coqueiro.