MEU FAROL
Deleite-me, ó musa, com teu encanto!
Ao meu redor, o mundo tão mundano.
Contemplai comigo, pois, por tanto,
a beleza do que é tão humano.
Oh, amor, oh desejo, oh doce encanto,
que me conduz às portas do engano!
São, contudo, essenciais, meu pranto,
e a chama ardente que me faz insano.
Sigo em frente, ao destino do Senhor, e
entrego a vós meu ser, meus pensamentos,
sabendo que, no fim, encontrarei o Amor.
Ó vida, tão breve, só há tormentos?
Que me ensinem os teus mistérios, ó sol,
E libertem-me das trevas sem teu farol.