AVE NOTURNA
Persegue o gorjeio da ave noturna Pela abóboda estrelada do céu, Para sair da enclausurada furna Da solidão que às vezes o faz réu.
Por entre as inertes fosforescências Que lhe encanta nesse íntimo momento Para, arrebatar às puras essências, Com o cheiro da florada do vento.
Enquanto, na verde imaginação, Voa livre pelas levezas do ar Assoviando uma nova canção;
Para aliviar `a tensão diária
Do tempo que vem para lhe mostrar, Sempre, mais uma lição necessária.
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Muito obrigado ao poeta Jacó Filho pela bela interação.
CORUJAS
Por voarem tão suavemente, Sem fazer nenhum ruído, Seus cantos surpreendentes, Assustam quando ouvidos. Com ótima visão noturna, E por serem tão soturnas, Corujas medram a gente, Se pegam desprevenidos, Por voarem tão suavemente, Sem fazer nenhum ruído...
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