Silente
Vagueio por avenida movimentada
Não sinto porém, a alma deste lugar
É noite fria, silente e enluarada
Absorta, fico somente a perscrutar
Como pode o cheio estar tão vazio?
Acho tudo muito contraditório
Me volto para o meu labirinto
Cheio de indagações, um falatório
Talvez dentro, eu encontre uma saída
Já que fora, estranha me sinto
Ocorre sempre de estar distraída
Inebriada num silêncio absinto
Anestesiada da vida tão doída
Banida em meu próprio recinto