Silente

Vagueio por avenida movimentada

Não sinto porém, a alma deste lugar

É noite fria, silente e enluarada

Absorta, fico somente a perscrutar

Como pode o cheio estar tão vazio?

Acho tudo muito contraditório

Me volto para o meu labirinto

Cheio de indagações, um falatório

Talvez dentro, eu encontre uma saída

Já que fora, estranha me sinto

Ocorre sempre de estar distraída

Inebriada num silêncio absinto

Anestesiada da vida tão doída

Banida em meu próprio recinto

Fênix Arte
Enviado por Fênix Arte em 05/04/2023
Código do texto: T7756780
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