UM CRISTÃO NÃO RELIGIOSO
Quando eu me reconheci como gente,
Pensei que a vida era apenas brincar,
Logo me obrigaram também ser crente
Num Deus que castiga aquele que errar.
Eu, que não sabia, por ser inocente,
O que era certo e nunca pecar,
Tive medo de viver, tão somente,
E, assim, me obrigaram a confessar.
Ao fazer a primeira comunhão,
Confessei-me a um homem de saia,
Que me absolveu de um palavrão.
Sei, hoje, que meu caminho é pra praia,
E, como a mim mesmo, amar o irmão;
Pois Jesus não permite que eu caia.