SONETO AO ABANDONO

É assim essa saudade tão maldosa

que, de doer, ele não faz mais um plano

vive o dizer: "esse entrou pelo cano",

Virou roseira que nunca viu u'a rosa.

Ah, quanta noite perdida de sono

onde nem com poemas mais se entrosa

nunca mais um sonho cor de rosa

olhos abertos só enxergam abandono.

É dor de quem padece de paixão

seu céu, mais embaixo que o chão

seu mundo, um arrumado de desordem.

Por que tanta saudade por alguém

a espera de quem nunca, nunca vem,

fogo de paixão em seus dias ardem.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 03/04/2023
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