Mais do mesmo
Em tudo a mesma mágoa e Dor além,
Os mesmos olhos tristes de abandono;
Mesmo tédio, talvez, de quem tem sono
Do sono mais profundo que não vem...
É talvez só saudade por alguém,
Prefiro assim chamar e não questiono,
E sento como quem senta num trono
Olhando toda a gente com desdém...
Decerto que sofrer me é natural,
Passo no mundo como um vendaval
Deixando em tudo um pouco de desordem...
A vida penso ser como uma peça,
Que cujo enredo não mais me interessa
E meu papel não quero que recordem...