Mais do mesmo

Em tudo a mesma mágoa e Dor além,

Os mesmos olhos tristes de abandono;

Mesmo tédio, talvez, de quem tem sono

Do sono mais profundo que não vem...

É talvez só saudade por alguém,

Prefiro assim chamar e não questiono,

E sento como quem senta num trono

Olhando toda a gente com desdém...

Decerto que sofrer me é natural,

Passo no mundo como um vendaval

Deixando em tudo um pouco de desordem...

A vida penso ser como uma peça,

Que cujo enredo não mais me interessa

E meu papel não quero que recordem...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 02/04/2023
Código do texto: T7754933
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.