AUTOFAGIA
Quando a madrugada avança
A solidão, seu corpo invade
A Deusa nega a liberdade
E busca vã, o que não alcança
Devora-se em cantos vazios
Numa inquietação ardente
Rasga versos, sonhos indecentes
Despertando instintos vadios
O que queres ter, alva estrela?
Se tens toda luz, todo o fulgor
Se tudo só a ti se atrela
Que queres ser, oh minha bela flor?
Se és musa da minha ilusão
De todo o meu secreto amor.