Domingo à noite
O sol disse até logo, até amanhã!
Vou dar uma voltinha por aí!
Avisem pois, à flor, ao colibri…
Ao trem que, às onze, vai pra Jaçanã .
A noite de domingo é do divã:
De Freud, de Jung e outros mais…
Dos remédios, das drogas ilegais…
Do corpo em que padece a mente sã.
A lua de domingo é tão tristonha,
Que até parece morta de vergonha
De ostentar, no céu, o seu clarão.
Prefere se mostrar discretamente,
Na sombra sepulcral do sol poente,
Num ponto inacessível à visão.