ERRAR É HUMANO, PERSISTIR É BURRICE
ERRAR É HUMANO, PERSISTIR É BURRICE
A questão não é o engano
Menos ainda o erro grosso
Porquanto falhar é humano
Mas insistir é imo de poço
Insistência tansa é orgulho
Com tempero de teimosice
Só presta pra fazer barulho
Tomando a ideia de burrice
Pois se espera bom senso
Do justo cujo elo é intenso
Com carentes e desvalidos
Farol para zumbis perdidos
Crítico severo do populismo
Inimigo radical do fascismo
Marco Antônio Abreu Florentino
Poesia crítica ao retorno do programa Mais Médicos, um projeto equivocado e fadado ao fracasso, no que pese as boas intenções de origem, principalmente a de levar atenção médica às populações dos mais longínquos e abandonados rincões deste país.
A primeira experiência na gestão petista já deveria ter servido como ensinamento para possíveis ajustes e correções dos erros grosseiros, sendo os principais a saber:
1. Trata-se de um programa eminentemente populista ao fazer propaganda de atendimento médico presencial às localidades distantes e desguarnecidas da boa assistência médica, porém sem dar as mínimas condições estruturais de atendimento, seja material, de medicamentos ou de recursos humanos.
ENTÃO: O médico se faz presente mas nada pode fazer pelos pacientes, quando muito orientar do ponto de vista educativo, ação que poderia ser feita até por um agente de saúde.
RESUMO DA ÓPERA: O médico se fez presente, os pacientes tiveram acesso a ele mas não houve efetividade no atendimento. Quando de maior ou média complexidade, são encaminhados para outros municípios ou centros melhor equipados, mas que não recebem as respectivas verbas federais relativas aos pacientes de outros lugares.
2. A municipalização orçamentária para o pagamento do programa, seja relativo aos profissionais da saúde e/ou em relação à estruturação dos postos, hospitais e outros locais de atendimento.
Dessa forma, os profissionais ficam à mercê das prefeituras e respectivos prefeitos e secretários municipais de saúde, os quais, na grande maioria não cumprem com o acordado inicial, inclusive salarial e exploram politicamente a presença desses profissionais, exigindo e até usando de chantagem para que trabalhem além das suas obrigações.
SOLUÇÃO: Criar a carreira de Estado para profissionais da saúde, com a garantia do governo estadual ou federal e cumprimento dos seus direitos, como ocorre atualmente com os servidores da justiça.
3. A qualificação desses profissionais, muitas vezes deficiente, o que faz com que, até mesmo com condições estruturais, logísticas e de medicamentos do lugar, são obrigados a fazer a regulação de transferência por não terem habilidade e conhecimentos necessários para o atendimento efetivo.
Exemplo: Foram inúmeras as vezes que chegaram ao Hospital Municipal de Caucais, referência da região, solicitações de transferências de pacientes pediátricos somente para fazer hidratação parenteral, geralmente encaminhados pelos cubanos, os quais sabíamos que muitos não eram formados.
OBS: EU RECUSAVA TODAS AS TRANSFERÊNCIAS PARA HIDRATAÇÃO EV E VOU CONTINUAR RECUSANDO.
SOLUÇÃO: Treinamento prévio aos participantes do programa.
ENFIM: O retorno desse malfadado programa se dá por questões políticas, populista e de orgulho pessoal, não levando em consideração a opinião abalizada de tantos profissionais experientes e associações de classes.
EM TEMPO: Admiro LULA e o considero o maior e mais importante personagem político do Brasil desde Gregório de Matos Guerra, no que pese minha antipatia pelo PT e desprezo pelos petistas.
Quanto ao Bolsonaro... bem, esse psicopata, terrorista, apedeuta, genocida, ignorante, troglodita, mandrião e ladrão de galinhas nem merece ser comentado. Votaria até no macaco Simão contra este que quase destruiu o país.
https://youtu.be/wk5aoP0a7jk
(Como Uma Onda - Lulu Santos)