SONETO QUE SENTE

O aperreado soneto descontente

Vive a soluçar inspiração sofrida

Chora, sente. Afia simplesmente

Uma ilusão e sensação incontida

É infeliz, tão descrente, carente

Com uma emoção, assim, perdida

Transforma o tudo em dor doída

Insolente, vive a suspirar na vida

Os versos são vãos, sem glória

Em uma poética e nobre escória

Que pela sofrência, reina, tirano

Mas, o meu soneto que sente, sabe

Que no olhar, no tempo, tudo cabe

Quando se tem um coração humano

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

25 março, 2023, 16'41" – Araguari, MG

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/03/2023
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