Anseios
Perambulando em estradas aflitas sem braços,
Ergui preces que ninguém me responde ,
Das alturas , alem do limite, dos traços ,
Onde a alma corre vazia e nada entende.
Fluindo do doce engano, dos laços perdidos,
Sufocada nos labirintos da vida , nos lixos ,
Onde morrem as melodias e os desejos famintos ,
No peito dilacerando, sangrando,escondidos.
Dessa jaula de carne que a encarcera,
O silêncio campeia inerte soberano ,
Sem vibrar a corda da saudade , da quimera.
Anseios aqui se perdem, fogem, afogam .
Se hoje volto assim, com a alma às escuras ,
Procuro braços que afagam e não matam.
12/12/07