Soneto lunático
Vejo o dragão da lua, sem fumaça...
São Jorge a cochilar no lado oculto...
E, e repente, ao longe, surge um vulto
Que deixa um rastro enorme enquanto passa.
Abro outro vinho: - só mais uma taça!
Penso comigo mesmo, aqui, sozinho.
Mais outra taça, abro mais um vinho,
Enquanto a lua foge da vidraça...
Abro a janela, Já não há mais lua!
Ainda assim, São Jorge insinua,
Que vai levar a cabo uma missão.
A poesia é mesmo engraçada!
Enxerga tudo, mesmo sem ver nada:
Até mostrar são Jorge e o dragão!