Soneto sonhado
Uma nuvem no céu do meu jardim,
Que imita o que trago em minha mente,
Se desfaz pelo vento, lentamente...
E, apesar do vento, não tem fim.
Ela está logo ali, na minha frente,
Sob o céu que avisto da janela!
De repente, a nuvem se esfarela
E se converte em nuvem novamente.
Outra nuvem me vem ao pensamento.
Não há vento a soprar nesse momento,
Mesmo assim, lentamente... se desfaz.
E mais outra, e mais outra, e não tem fim...
Pois são nuvens criadas só pra mim
Pra que eu possa, assim, sonhar em paz.