Cabelinho de Milho
Cabelinho de milho, envolto em trança,
continua crescendo. E eu não me manco…
porque quero aquela que não alcança
a pia, equilibrando-se num banco.
Cabelo louro, de encaracolar,
eu quero que faça um “por favor”:
descendo o primeiro raio solar,
esconda-se do tempo, não do amor.
Mas que danada! Vai pra lá e pra cá
inflando as bochechas, fazendo bico,
e achando brincadeira onde não há.
Ei, pequerrucha, não pare de rir.
Quando a noite chegar, não tema, eu fico.
Dormiremos nós três: você, eu e Lee.
À minha irmã, Paula Galvão, e sua boneca Lee.