Cabelinho de Milho

Cabelinho de milho, envolto em trança,

continua crescendo. E eu não me manco…

porque quero aquela que não alcança

a pia, equilibrando-se num banco.

Cabelo louro, de encaracolar,

eu quero que faça um “por favor”:

descendo o primeiro raio solar,

esconda-se do tempo, não do amor.

Mas que danada! Vai pra lá e pra cá

inflando as bochechas, fazendo bico,

e achando brincadeira onde não há.

Ei, pequerrucha, não pare de rir.

Quando a noite chegar, não tema, eu fico.

Dormiremos nós três: você, eu e Lee.

À minha irmã, Paula Galvão, e sua boneca Lee.

Marcio Galvão
Enviado por Marcio Galvão em 21/03/2023
Reeditado em 21/03/2023
Código do texto: T7745726
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