Soneto à realidade
Adeus! Adeus ao que não mais me resta
Adeus meu antigo tempo pueril
Adeus ao que sonhei e nunca existiu
Adeus ao que a vida não mais me empresta.
Adeus os chopps nas velhas sextas
Adeus aquele meu velho Brasil
Adeus ao meu bom tempo estudantil
Adeus ao tempo em que eu era besta.
E ao que me resta de juventude
não me abandone, siga amiúde...
Benvinda à minha mente a fantasia.
Benvindo ao do, ré, mi, fá, sol, lá, si,
que no meu violão seguem a fluir...
Benvinda a inspiração pra Poesia.
Josérobertopalácio