Soneto brincalhão

Fico a escrever sem eira nem beira

e escrevo o que na telha me dá

é um barato qual fruta em fim de feira

só que no final da tudo em nada.

A linha nunca sai bem rimada

mas vale e é boa tal brincadeira

que ilumina, até, minha madrugada,

arte melhor do que fazer besteira.

Poesia mora dentro do poeta

a inspiração não tem hora certa

nem mês, nem ano, nem dia.

Acompanha o poeta onde ele está

só é preciso mesmo ele rimar

e aí ver nascer sua poesia.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 19/03/2023
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