Na essência um rebento.

Eu estou na rua, bravamente disse-me ela!

Roguei então que me faltasse entendimento,

E não fosse versado na questão interpretativa.

Para que aquela tão grande e gratuita covardia.

Não acelerasse mais meu decadente pensamento.

Como a culpa sempre irá reconhecer um detento,

E a velhice oportunamente nos igualará aos meninos.

Amá-la tem sido nesta vida o meu maior desatino...

Quiçá uma enorme verdadeira perda de tempo.

Todavia, não me lembro de ter na vida existido,

Tanto quanto tudo aquilo que nós dois sentimos.

Fui para ela tão somente um enorme passa tempo,

Mas, todas às vezes que nossos olhos se cruzaram.

Eu na essência me tornei um eterno e puro rebento...

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 18/03/2023
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