Cortesia

Não encarnei poeta, nem literato me fiz,

sequer, quero ser colocado nesta confraria,

rejeito qualquer título e honra de academia,

já que meu lápis é bem menos que um giz.

Escritos que não passam adiante de meu nariz,

nem são dignos da amabilidade de quem avalia,

a despeito disso, agracio pela eterna cortesia,

tendo a compreensão que querem me ver feliz.

As poesias nascem onde querem, sem poeta,

contudo, o poeta quem domina e a completa,

nesse enigmático e incompreensível universo.

Não é por certo o meu caso, sem vã modéstia,

pois ficando qualquer brilho, ainda que réstia,

de boêmio lírico, irei improvisar esse meu verso.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 18/03/2023
Reeditado em 28/11/2023
Código do texto: T7742919
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