Olvido
Eu, se vivo, meu bem, tão apartado
Dessa imortalidade - essência humana! -
Se vivo totalmente desolado,
E dispenso qualquer menção ufana;
Também dispenso o amor, assim furtado,
O mel desse teu corpo que emana
Todo o fruto proibido do pecado
E que a quem versifica inda mais dana!
Quero mortalidade, assim completa,
Se enterrem manuscritos de poeta
E ao fardo deste mundo digo adeus...
Quero a mortalidade totalmente
E que eu não fique de ninguém na mente...
Que eu não fique na "luz dos olhos teus"!