Olvido

Eu, se vivo, meu bem, tão apartado

Dessa imortalidade - essência humana! -

Se vivo totalmente desolado,

E dispenso qualquer menção ufana;

Também dispenso o amor, assim furtado,

O mel desse teu corpo que emana

Todo o fruto proibido do pecado

E que a quem versifica inda mais dana!

Quero mortalidade, assim completa,

Se enterrem manuscritos de poeta

E ao fardo deste mundo digo adeus...

Quero a mortalidade totalmente

E que eu não fique de ninguém na mente...

Que eu não fique na "luz dos olhos teus"!

Rogério Freitas
Enviado por Rogério Freitas em 18/03/2023
Código do texto: T7742896
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.