Acorda!
Acorda! A corda pende em teu pescoço!...
Já não sentes prazer em acordar,
Só tens o largo nó a cingir o ar,
Tua respiração resvala o fosso!...
Acorda! Foi-se o tempo, não és moço!...
São vinte e sete vezes pra contar,
Já não podes fazer da vida um lar
Pois só sentes de tudo o gosto insosso!...
Então corta enquanto há como, infeliz,
A corda que te aperta a cicatriz,
Faz isto, sem espera por ninguém!...
O teu ódio? Transmuta num punhal
E corta já o teu laço fatal,
Pois quem te salvaria, tolo? Quem?...