SONETOS DE TURQUESA
I
Olhei para o mar
E vi uma cor incrível
Ele parecia me chamar
Juro, foi inesquecível
Peguei meu bloco de notas
Pensando em você, eu escrevi
Várias canções, várias poesias
Mas ao tentar te entregar, desisti
Lembrei que não lia
Que não me ouvia
Que nunca se importou
Fechei os olhos e vi a cor turquesa
Senti meu rosto molhando
Me confortei pensando estar naquele mar
II
Em meu barco, em meio a escuridão
Em mar aberto, começo a chorar
Perdido em meu coração
Procurando algo para me encontrar
Olho para o lado e vejo um velho farol
Enferrujado, vidros quebrados e solitário
Na minha escuridão interna, não é sobre iluminar
E sim, sobre me sinalizar
E as coisas que você faz
Determinam quem será você
Aos olhos de quem te julgarão
E não se aprofundar é um simples detalhe
Que nos fazem perder oportunidades
Eles nunca entenderão