A volta
Perfaz em mim um desejo específico...
A espiar os contornos da minha vida
Fogo, que incinera o olho fixo,
Pelo olhar da futura ou a passada guarida...
Pelos sonhos, buscados no passado.
Como ostras esperando a água limpa.
Doces, como paladares castos.
Mitos das correntezas das lágrimas...
São então, dois pesos e duas medidas?
Elo do coração e da alma aflita?
A desenhar a poesia que não fala...
E volta como fênix despida,
A riscar as desventuras esquecidas,
Noutro mundo, nos íntimos detalhes.