Soneto da vida em descenso
A minha escolta sempre algum mal
Faz-me uma perseguição visceral
O melhor sentimento em meu ser
Sinto-o perecer, por assim dizer
A cada sonho mais que singelo
A que permito à aurora da felicidade
Há um vulto com toda voracidade
E eu,assim prostrado,sem detê-lo
Dói demais o abondono da estima
Essa flagelação quase sem trégua
Do meu amor próprio à mingua
Em meio à incerteza quão íntima
Ainda sóbrio, mas a vida em desalinho
A divagar sobre o vale do medo, sozinho