Desalento
Caminhando o dia nascente de esperança,
contemplo o teu olhar fincado no futuro,
ansiando o nascimento singular de Arcturo,
que carregue novas magnitudes e nuança.
Não presumo daqui uma ou outra mudança,
que consiga esmaltar esse universo escuro,
dando existência ao meu desejo morituro,
que extingue minha covarde desconfiança.
Admiras o nascente que admiro eu o ocaso,
soltamos lágrimas como a fonte que secou,
já não enxergamos nada, tampouco o acaso.
Guiará o último sonho do mestre Morfeu,
choras tu um amor que ainda não chegou,
e por um amor que veio e já se foi, choro eu.