Desalento

Caminhando o dia nascente de esperança,

contemplo o teu olhar fincado no futuro,

ansiando o nascimento singular de Arcturo,

que carregue novas magnitudes e nuança.

Não presumo daqui uma ou outra mudança,

que consiga esmaltar esse universo escuro,

dando existência ao meu desejo morituro,

que extingue minha covarde desconfiança.

Admiras o nascente que admiro eu o ocaso,

soltamos lágrimas como a fonte que secou,

já não enxergamos nada, tampouco o acaso.

Guiará o último sonho do mestre Morfeu,

choras tu um amor que ainda não chegou,

e por um amor que veio e já se foi, choro eu.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 13/03/2023
Código do texto: T7739182
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