Airosa pela noite, ela flutua

Airosa pela noite, ela flutua

E chora as dores rútilas, secretas

Da mãe solene e doce dos poetas

Que a poesia cede, em face nua!...

Ó majestosa dama, branca Lua!...

Guardiã destas horas prediletas,

E destas pobres almas que completas,

Quando mesmo o astro rei pra ti recua!...

Na palidez do dia que suspira,

Quando desces dos céus à minha lira

Com teu luzir que ofusca meu remorso,

E banha o mar com fúlgidos brilhares,

Nas prateadas luzes, pelos ares,

Me tome a terra, pois morrer já posso!...

Inspirado pelo poema "Melancolia", de Maria Firmina dos Reis.

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 13/03/2023
Código do texto: T7738991
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