"Nada há que me domine e que me vença",
eu falo assim... afirmo a todo instante,
pois tive que encarar a indiferença
daquele olhar sombrio e tão distante...
Portanto, ao derrotar a dor imensa,
criei em mim a audácia de um gigante
e sei que mereci a recompensa,
não há qualquer pesar em meu semblante!
Eternamente, almejo a paz comigo,
aos poucos, aprendi a me conter,
e, assim, renasce o amor por onde sigo!
Eu sei que existem páginas viradas,
por isso prezo os dias de prazer
"e de outras mais serenas madrugadas!"
Janete Sales Dany
TRILHA DE SONETOS XCVI
"INEFÁVEL", DE CRUZ E SOUSA
"Nada há que me domine e que me vença",
"e de outras mais serenas madrugadas!"
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Regra: compor Sonetos transcrevendo
no verso 1 e no verso 14
os versos de sonetos ou retirados
de poemas parnasianos, ou de qualquer posição,
sendo livres o ritmo, o esquema rimico
e o desenvolvimento do mote.