SONETO DAS DUAS RIMAS, SEM “E”
SONETO DAS DUAS RIMAS, SEM “E”
O AMOR
JB Xavier
Soltando as amarras, fluí vida afora,
Haurindo absorto os haustos da dor,
Vivi aguardando, por hora após hora,
Um olhar, um sorriso, um abraço, um calor.
Tal qual o andarilho, ou a brisa canora
Aspiro mil cantos, mil risos, o ardor
da vida fluindo na chama do agora,
da vida cantando mil sopros à flor...
Assim sigo o mundo, dançando n'aurora
Aspirando a magia da vida – um olor!
Sou ninho dos sonhos, sou vida, sou flora
sou campos floridos...Minha alma implora
sorrindo ao vazio, a fluir vida afora
Na cálida chama dos braços do amor...