Um João P.

Na praia ele está, em férias;

o que fará nas noites ébrias?

Ainda o enfeitiça, sua esposa;

seria esperta, tal qual raposa?

Sua boca, João, tenho-a aqui

molhada aos dentes de pequi;

suas mãos, João, meu alento,

como se estivesse todo dentro.

Com você lá, não posso estar,

mas iria para nunca mais voltar;

só ao seu serviço me consagrar.

Ardo-me, João, pelo seu cheiro,

pelo seu pronunciado outeiro,

pelas gotas do seu néctar faceiro.

René Henrique Götz Licht
Enviado por René Henrique Götz Licht em 09/03/2023
Código do texto: T7736128
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