Passo etéreo

No claustro de meu quarto, mal eu sigo,

Insone sob o véu da madrugada;

Reclama, sobre a cama, cá deitada,

A mente, o pensamento, um inimigo...

E nele, não tem paz - nenhum abrigo -

Nenhuma salvação me surge ou brada

De dentro desta capa desgastada;

O invólucro mortal nasceu comigo...

Levanta minhas mãos deste flagelo,

E mostra-me ó Deus, como vencê-lo,

Revela-me esta luz, a mensageira...

Preciso acreditar em algo etéreo,

Que não pode ser tudo um cemitério

Dos sonhos que enterrei na vida inteira...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 08/03/2023
Código do texto: T7735929
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