SONETO ENLUTADO

vejo graça como tua luz aparece

chega cortante numa autocobrança

noutrora na brisa da boa lembrança

como imagem santa que se roga prece

me desencontro sem o teu divino

hoje vejo que o amor é uma herança

via de mão única da esperança

a sentença que inocenta o destino

sua certeza era a minha verdade

é tarde, mas sigo vivo em meu luto

supondo você, os becos da cidade

sua ausência é a minha maior dor

o mundo nunca foi um lugar justo

e nossa morte é só mais uma de amor

André Resende
Enviado por André Resende em 08/03/2023
Código do texto: T7735164
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