SONETO DO NÓS...
Não ceda aos encantos da mentira,
Por sua fácil criatividade e desfeita,
Mesmo em perna curta ou em tiras,
Dela somente a final lágrima deleita.
Não que seja simples ar que se respira,
O qual em abundância se desrespeita,
Ou que a vida não valha, pois se expira,
Tudo aceitar apenas com quem se deita.
Mais sábio unir amor e a paixão que excita,
Indo além da pele, a alma que então resista,
A qualquer rancor e ódio de quem te peita.
Na imersão total e real de alguém que exista,
Para te acompanhar e no "nós" sempre insista,
Em desatar os nós e do "nós" nunca desista.