SÚPLICA
Quisera ter a ti eternamente.
Pra sempre, no calor do colo teu.
E como um afortunado Romeu,
viver o nosso amor impunemente.
Mas Deus, por ironia fez-te ausente.
E breve te levou dos braços meus.
Eu que por toda vida fiz-me ateu,
me pego a reclamar do Onipresente.
Se em meio a querubins, anjos, cupidos,
saudade for capricho permitido,
recorda da paixão que nos uniu.
Pois eu que cá estou jamais a esqueço
e se inda por mim guardares apreço,
rogue ao Pai que me leve a quem partiu!