Morrer

Morrer, mas não morrer assim, amor...

Assim de arquejos loucos, delirando

Sem teu calor, sem teu sorriso brando

No inverno de meus dias só de dor!...

Morrer, mas não ser disto o causador...

Oh, quanto temo quando vem-me em bando

Uns pensamentos que me vão testando,

Me perseguindo aqui e por onde for!...

Morrer, mas não da morte bruta e triste,

E sim dum leve amor que sei que existe

Afora, nesse mundo, e não pra mim!...

Morrer, então, ao menos nos teus braços...

Cerrar os olhos frágeis dos cansaços

Sob tuas asas puras, querubim!...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 01/03/2023
Código do texto: T7730326
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