Morrer
Morrer, mas não morrer assim, amor...
Assim de arquejos loucos, delirando
Sem teu calor, sem teu sorriso brando
No inverno de meus dias só de dor!...
Morrer, mas não ser disto o causador...
Oh, quanto temo quando vem-me em bando
Uns pensamentos que me vão testando,
Me perseguindo aqui e por onde for!...
Morrer, mas não da morte bruta e triste,
E sim dum leve amor que sei que existe
Afora, nesse mundo, e não pra mim!...
Morrer, então, ao menos nos teus braços...
Cerrar os olhos frágeis dos cansaços
Sob tuas asas puras, querubim!...