ANDARILHO
Cansado de tanto andar, parei.
As ruas fervilhavam de gente
E eu, exausto, num ar inocente,
Vi num banco de praça uma lei
Cobrada pelo corpo extenuado:
Era preciso refazer as energias
E seguir o caminho que sumia
Diante de meu olhar cabisbaixo.
Eu não sabia qual o meu destino,
Caminhava alhures e o sol a pino
Era um único companheiro, à toa.
De repente me vi em casa, a sós.
Somente escutei belos rouxinóis
A cantar e indagar: tá numa boa?
DE Ivan de Oliveira Melo