Catacumba
Numa profunda e obscura catacumba,
Co'a escuridão jazem os resíduos...
No pó, amontoados e esquecidos,
Ecoando o vazio que retumba...
Nos ares congelados dessa tumba,
Remanescem os ossos padecidos
De tantos, tantos outros indivíduos,
Aguardando que o Tempo enfim sucumba...
Mas mesmo em morte o Tempo é carrasco,
Quando os mortos encara num grande asco,
Tal qual faria um guarda na masmorra...
E longe desse reino d'alta sombra,
Aqui também o Tempo inda me assombra
E ri de mim a me esperar que morra!...