BARRIGA CHEIA

Minha mãe sempre dizia:

Meu filho, você chora de barriga cheia

Ingratidão é coisa feia

Observe as bênçãos de cada dia.

Há os que vivem da migalha alheia

Nos rincões abandonados da periferia

Nos becos, sob o açoite frio das ventanias

Comendo lixo, junto aos bichos, dividindo a ceia.

E, o diabo de perto? Você ainda não viu

Como muitos, nem tampouco comeu e engoliu

O “pão que ele amassou”.

Abra os olhos, rapaz

Escolha é só você quem faz

Existem tantos desafios que você nunca imaginou.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 27/02/2023
Código do texto: T7729214
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