ÂMAGO
Nosso “eu” é deveras mistério anatômico
Que se adapta aos enredos circunstanciais,
Pois se desenvolve à luz do ser diacrônico
Que é o homem e traz o dossiê dos astrais.
Enigma de conhecimentos meio aleatórios,
O íntimo sobrevive graças à transitoriedade
Da existência. Guarda pistas dos parlatórios
Donde aprendeu da vida sem ir à faculdade.
É uma caixa de ressonância de tino pessoal
Muitas vezes incompreendida e subornável
Pela inconsciência que a consome indigente.
É uma fonte de energia que nutre do virtual
Seriados psicopáticos que geram o alienável,
Tergiversando doutrinas dum orbe deficiente!
DE IVAN DE OLIVEIRA MELO