ÂMAGO

Nosso “eu” é deveras mistério anatômico

Que se adapta aos enredos circunstanciais,

Pois se desenvolve à luz do ser diacrônico

Que é o homem e traz o dossiê dos astrais.

Enigma de conhecimentos meio aleatórios,

O íntimo sobrevive graças à transitoriedade

Da existência. Guarda pistas dos parlatórios

Donde aprendeu da vida sem ir à faculdade.

É uma caixa de ressonância de tino pessoal

Muitas vezes incompreendida e subornável

Pela inconsciência que a consome indigente.

É uma fonte de energia que nutre do virtual

Seriados psicopáticos que geram o alienável,

Tergiversando doutrinas dum orbe deficiente!

DE IVAN DE OLIVEIRA MELO

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/02/2023
Código do texto: T7728139
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