Convite incômodo
Desprezo-te, matéria vil e tonta,
De sangue e de luxúria ensandecida;
Odeio o flerte humano na descida,
E o Mal que sobre tudo então desponta...
De guerra e ódio o mundo não dá conta,
E a natureza encolhe, poluída;
E a carta escrita pelo suicida,
Razão de ser encontra numa afronta...
A Esfera a levitar dentre as esferas,
Resume-se num lar cheio de feras,
Covil de gente bárbara e doente...
Não sendo tu, leitor, destes nenhum,
Livra-te enfim de tão senso comum
E deixa este planeta urgentemente...