Anseios fúnebres
Receba, ó velhíssimo terreno,
Meu corpo numa cova funda e escura...
Que a vida só me é Dor e Amargura,
E a Morte é um sonho... Belo e pleno...
Esconda-me do sol, mesmo que ameno;
Quero sonhar no olvido da negrura...
Dormir eternamente em treva pura,
Colher na lousa o orvalho do sereno...
Eu quero que as falenas dançarinas
Voltejem no redor, que nem meninas,
Da cruz de pedra erguida logo acima...
Eu quero me deitar num véu de flores,
Mas contigo eu estarei por onde fores,
Ó mãe! Peço perdão! Não te deprima!...