Naquela madrugada

 

Acordo naquela fria madrugada

Lembrando dos insanos sonhos

Que me foram ruins, medonhos.

Enquanto isso me sinto cansada.

 

Barulhos normais, corriqueiros

Um instigante novo amanhecer

Desejos de poder compreender...

Sensações estranhas, devaneios.

 

Cachorros atiçados, que ecoam

Por qualquer barulhinho, latem

Enquanto aves alçam seus voos.

 

Viajo, penso, relembro, medito...

Portas mal fechadas que batem.

Num dia promissor eu acredito.

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmignan