Autoindulgência
Ao reles falta coragem!
Nem escrevo, apago arisco.
O mal fadado rabisco
faz da lixeira, estalagem.
Já no sofrível me arrisco…
As vestes da personagem
são em mim qual tatuagem,
breve e frágil como um cisco.
O bom, idílico oásis,
se presta a que eu faça as pazes
com a minha impertinência.
O ótimo, penso, não existe…
Mas Bandeira, Cora, Hilst…
Riem da autoindulgência.