Mar de ilusões
As águas escuras eram para mim preciosa tentação
Era um horizonte passível de genuína felicidade
Mergulhei fundo, mas aquele alguém não deu a mão
Todo carinho e calmaria era somente ingenuidade
Sempre um mar revoltoso, a beira-mar, pura fricção
Uma fantasia entre as ondas de total insanidade
Uma fossa abissal cuja profundidade tem limitação
Em minha alucinação, procuro algo na profundidade
Oceano tão bravio, desse pélago devo me afastar
Achei que longe das águas algo sólido reconstituí
Sinto-me derrotada igualmente ao velho e o mar
Para sair da água, enterrei meu coração e parti
Em sonhos incautos e poéticos deixei-me enganar
No maldito mal de ilusões, afoguei-me e morri