_________ Vivo _________
Eu Vivo Amargurado e Atormentado...
Vivo a entender a insana displicência!...
E creio que muitos ficam na inocência
Que chegam a duvidar que são afanados!
Eu Vivo num porão — desmensurado,
Repleto, sim!, de abutres sem eloquência,
Num quadro de langor e impertinência,
Qual verme encurralado — lado a lado!
Vivo u’a vigência vil... Oh! Pai Sagrado...!
Deveras, sou lançado à desventura...
Por mórbidos e inconscientes — sem Cultura!
Vivo o esplendor nas sombras do serrado...
Tão delinquente e infame à tal Ventura,
Que os parvos sempre engendram essa tortura!
Pacco