Poeta da saudade

Poeta da saudade, meu poeta,

por que guardaste o verso mais tristonho?

Para esconder o natimorto sonho,

ou ocultar a mágoa mais seleta?

 

Não sabes tu que os versos que te imponho

sorriem sempre, em gozo ou dor secreta,

e muitos te percebem um profeta

e a luz do seu propósito enfadonho?

 

Não guardes, meu poeta, o triste verso,

canta-o malgrado o dia controverso,

ainda tragas seco o coração.

 

Se o verso, meu poeta, que eu te instigo,

àqueles que te leem é abrigo,

cantá-lo, então, jamais será em vão!

 

Foto: Canva

 

Do amigo Jacó Filho:

ALMA DE POETA

Esse ser invade de Deus, os segredos,

E desvenda o universo em tempo real...

iaja com a luz, todo o espaço sideral...

Pinta o que toca nas pontas dos dedos...

 

Os quadros são versos na tela da vida;

São sonhos de amor que ao corpo doa...

São faces divinas que em canto, entoa...

Ignorar sua grandeza é trancá-la ferida...

 

Leva em devaneio, o poeta nos braços...

Mostra-lhe dimensões não descobertas...

Revela a beleza em paisagens desertas...

 

O induz a loucuras, gerando embaraços...

Perder-se envolvido em visões incertas...

O poeta é seu templo de portas abertas... 

 

 

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 15/02/2023
Reeditado em 16/02/2023
Código do texto: T7719793
Classificação de conteúdo: seguro