Poeta da saudade
Poeta da saudade, meu poeta,
por que guardaste o verso mais tristonho?
Para esconder o natimorto sonho,
ou ocultar a mágoa mais seleta?
Não sabes tu que os versos que te imponho
sorriem sempre, em gozo ou dor secreta,
e muitos te percebem um profeta
e a luz do seu propósito enfadonho?
Não guardes, meu poeta, o triste verso,
canta-o malgrado o dia controverso,
ainda tragas seco o coração.
Se o verso, meu poeta, que eu te instigo,
àqueles que te leem é abrigo,
cantá-lo, então, jamais será em vão!
Foto: Canva
Do amigo Jacó Filho:
ALMA DE POETA
Esse ser invade de Deus, os segredos,
E desvenda o universo em tempo real...
iaja com a luz, todo o espaço sideral...
Pinta o que toca nas pontas dos dedos...
Os quadros são versos na tela da vida;
São sonhos de amor que ao corpo doa...
São faces divinas que em canto, entoa...
Ignorar sua grandeza é trancá-la ferida...
Leva em devaneio, o poeta nos braços...
Mostra-lhe dimensões não descobertas...
Revela a beleza em paisagens desertas...
O induz a loucuras, gerando embaraços...
Perder-se envolvido em visões incertas...
O poeta é seu templo de portas abertas...