O vinho e a poesia
Quando teu sabor me acaricia
E a meus lábios trazes o teu gosto ameno
Penso em quantos versos tu me inspirarias
Se este fosse o teu intento
Disse o poeta que tu aprisionas a poesia
Pelo tempo que te der vontade
Aí pergunto : Será isto verdade ?
Quando a soltares, por favor me avise o dia
Não, poeta. Não acredites nisto !
Não sou algoz e muito menos carcereiro
E talento, bem sabes, não se compra com dinheiro
Não aprisiono a poesia ! Eu a protejo e a venero !
E saibas que em minhas últimas gotas
Estão os melhores versos dela !
Do livro Poemas de Paulo Guedes